Conheça o papel de cada exame cardiológico na pesquisa de DAC
A indicação dos testes varia conforme a probabilidade de risco pré-teste

Na investigação da doença arterial coronariana(DAC), o teste ergométrico avalia diversos parâmetros ao esforço físico para reconhecer arritmias e isquemia miocárdica, verificar condição aeróbica e pesquisar doenças cardiovasculares. Como as alterações de ST induzidas pelo esforço não são patognomônicas da DAC, o teste pode necessitar da complementação da cintilografia de perfusão do miocárdio, especialmente em pacientes que não conseguem terminá-lo.

Com o propósito principal de estudar a perfusão do território miocárdico irrigado, a cintilografia cardíaca fornece informações fisiológicas ou funcionais, podendo esclarecer desde uma angina atípica até detectar uma nova estenose após um infarto ou revascularização (veja quadro).

Por sua vez, o ecocardiograma com estresse físico ou farmacológico possibilita a identificação de isquemia e tem sensibilidade e especificidade próxima à da cintilografia, porém sem radiação, sendo ainda capaz de apontar outras anormalidades estruturais e funcionais.

Já a angiotomografia de coronárias faz a avaliação não invasiva dessas artérias, excluindo a DAC com 97% de acurácia, embora esteja indicada nos pacientes com suspeita da doença, mas com perfil de risco baixo ou intermediário. O exame também deve ser feito em indivíduos com testes funcionais não diagnósticos ou conflitantes ou naqueles com baixa probabilidade pré-teste e resultados de exames funcionais positivos.

Por fim, a ressonância magnética do coração colabora com dados anatômicos e funcionais que podem complementar de modo essencial a investigação clínica de diversas doenças do sistema cardiovascular.

Indicações da cintilografia de perfusão miocárdica

Diagnóstico de isquemia em pacientes com corionariopatia obstrutiva com probabilidade pré - teste intermediária; em casos de teste ergométrico alterado, na ausência de sintomas ou na presença de sintomas sugestivos quando o exame não é conclusivo; em pacientes não aptos ao esforço por limitação osteoarticular, baixa capacidade funcional ou ECG basal alterado.

Diagnóstico diferencial de miocardiopatia de causa isquêmica e não isquêmica

Avaliação da repercussão isquêmica de lesão limítrofe em pacientes com coronariopatia obstrutiva conhecida

Estratificação de risco e avaliação prognóstica de coronariopatas, auxiliando a decisão terapêutica

Estratificação de risco pós - infarto e angina instável, assim como em pacientes que vão se submeter a cirurgias não cardíacas(em especial as vasculares)

Avaliação de isquemia após revascularização miocárdica ou angioplastia e na população pediátrica nos casos de anomalia coronariana congênita e doença de Kawasaki

Detecção da presença de viabilidade miocárdica em pacientes com miocardiopatia isquêmica com disfunção ventricular

Diagnóstico precoce de isquemia em unidades de dor torácica

01 de dezembro de 2015
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