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Exames, vacinas e mais
Avaliação das imunoglobulinas séricasA principal ferramenta na avaliação da imunidade humoral, geralmente suficiente para confirmar ou afastar a suspeita de deficiência de anticorpos, é a quantificação das imunoglobulinas G (IgG), A (IgA) e M (IgM). Esses testes são realizados por turbidimetria ou por nefelometria, que apresentam a vantagem da automação, bem como alta sensibilidade e baixa variabilidade intrínseca. Da mesma forma, a quantificação das quatro subclasses de IgG também pode ser útil em situações de suspeita clínica de deficiência de anticorpos, na presença de níveis séricos normais de imunoglobulinas.
Além disso, a medida da produção de anticorpos específicos a antígenos igualmente tem utilidade para verificar a adequação da resposta humoral do ponto de vista funcional. Para essa avaliação da IgG, por exemplo, é possível solicitar sorologias a antígenos proteicos aos quais o indivíduo foi previamente sensibilizado, como os do tétano, do sarampo e da rubéola. Ocorre que, mesmo diante de quantidades normais de imunoglobulinas, o comprometimento da função dos anticorpos pode estar presente.
Vale adicionar que alguns pacientes apresentam deficiência específica na produção de anticorpos contra antígenos polissacarídeos. Esse defeito pode ser pesquisado por meio da titulação de anticorpos antipneumocócicos pelo menos de quatro a seis semanas após a imunização com vacina pneumocócica não conjugada.
Quantificação das subpopulações de linfócitos
Utilizando citômetros de fluxo, equipados com mais de quatro cores, anticorpos monoclonais e microesferas fluorescentes, a quantificação das subpopulações linfocitárias por citometria de fluxo com tecnologia de plataforma simples é um exame fundamental para auxílio ao diagnóstico das imunodeficiências primárias, tanto humoral quanto celular.
A metodologia permite a contagem absoluta e percentual de linfócitos B (CD19+), linfócitos T (CD4+ e CD8+) e células NK (CD16+/CD56+) somente com a utilização de medidas derivadas do citômetro, baseando-se na adição de um número conhecido de microesferas a um volume conhecido de amostra.
Ao contrário do método anteriormente utilizado, a chamada plataforma dupla, que era suscetível a um maior número de resultados imprecisos e a uma maior variação interlaboratorial, a plataforma simples possui não só maior acurácia e reprodutibilidade, como também consegue resolver resultados discrepantes e ainda diminuir a quantidade de casos que necessitam de reanálise e nova coleta.
Tanto o nível sérico das imunoglobulinas quanto os valores dos linfócitos devem ser interpretados à luz da história clínica e da idade do paciente.