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Exames, vacinas e mais
Fonte: adaptado de Ivaska KK et al. Urinary Osteocalcin as a Marker of Bone Metabolism. Clinical Chemistry. 2005;51: 618-28.
Os marcadores do metabolismo ósseo apresentam, no dia a dia, uma grande variabilidade, em especial quando medidos em exames de urina, material no qual podem chegar a 30% num mesmo indivíduo em condições basais. Logo, para que alterações induzidas pela introdução de terapêutica específica tenham significado, são necessárias variações acima desses limites.
Outros fatores também podem interferir nos níveis dessas substâncias, independentemente de mudanças de longa duração no processo de reabsorção e formação.
A remodelação óssea apresenta um ritmo circadiano, com maiores níveis durante a noite. Por consequência, a primeira urina da manhã, ou mesmo a amostra de soro coletada nesse horário, reflete o pico de reabsorção óssea e apresentará valores seguramente mais altos que os resultantes de uma coleta feita em outro momento do dia.
Na indicação e na interpretação dos marcadores séricos de formação, em particular, deve-se considerar também a significativa diferença de meia-vida biológica existente entre a fosfatase alcalina óssea (em torno de 1,6 dia) e a osteocalcina (menos de uma hora). Logo, fenômenos agudos são mais bem representados pelos níveis de osteocalcina, enquanto os valores da fração óssea da fosfatase se mostram mais estáveis e reprodutíveis.
Os resultados desses testes, principalmente os dos indicadores bioquímicos de formação, ainda variam ao longo do ciclo menstrual, sendo mais elevados durante a fase lútea, comparativamente à fase folicular. Da mesma forma, alterações importantes de função renal podem interferir de modo significativo no metabolismo e na excreção dessas substâncias, sobretudo da osteocalcina.
Em função de todos os aspectos aqui discutidos, a interpretação correta dos marcadores do metabolismo ósseo requer o conhecimento das condições de coleta da amostra, bem como do estado geral do paciente.